A Igreja de S.
José das Taipas situa-se nas proximidades do Palácio da Justiça e de vários imóveis
classificados, como a Cadeia e Tribunal da Relação do Porto e a Igreja e o Mosteiro de São Bento da Vitória.
Fica, também, muito próxima da casa onde nasceu João Baptista de Almeida Garret, sita na Rua
Dr. Barbosa de Castro, n.º 37-41, artéria conhecida como Rua do Calvário entre 1679 e 1920.
A Igreja de S.
José das Taipas (1795-1878) foi riscada e decorada pelo engenheiro-arquitecto Carlos Amarante, ao gosto neoclássico, num
estilo patente em outras obras do mesmo autor (como as igrejas do Bom Jesus, de
S. João de Marcos e do Pópulo, em Braga).
A Igreja de S.
José das Taipas foi administrada pela Irmandade das Almas de S. José das
Taipas, criada em 1780 e que resultou da junção das confrarias de S. Nicolau
Tolentino das Almas e de S. José das Taipas. Foi a esta Irmandade, que
inicialmente reunia numa capela situada na Rua do Calvário, que, em 1810, os
moradores da Ribeira entregaram o sufrágio das vítimas do Desastre da Ponte das
Barcas, ocorrido a 29 de Março de 1809, e a recolha das respectivas esmolas.
Eis a razão pela qual, durante cerca de 100 anos, a Irmandade realizou,
anualmente e depois das exéquias, uma procissão entre esta Igreja e a Ribeira,
local para onde Teixeira Lopes, pai, produziu o mural brônzeo
das "Alminhas da Ponte".
Na escadaria
exterior de acesso à Igreja existe uma caixa de esmolas para as "Almas"
e, no seu interior, uma pintura de óleo relembra aquele funesto episódio da
história portuense.
Texto retirado de: http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1005869