O Jardim do Passeio Alegre foi construído na Foz do Douro nos finais do século
XIX. A sua execução durou cerca de 20 anos e foi o terceiro empreendimento
realizado pela Câmara Municipal do Porto com a participação de Emíle David no
seu ajardinamento.
Situado entre a Cantareira, o Castelo de S. João da Foz e
a barra do Rio Douro, foi construído num lugar descampado onde os pescadores
remendavam outrora as suas redes. Começou por se construir o molhe da barra,
depois fizeram-se os aterros e por fim, em 1870, iniciou-se a plantação de
árvores, que se prolongou até 1888. Um pouco mais tarde o jardim foi ladeado, à
beira mar, por uma avenida de palmeiras, hoje imagem de marca da foz do Douro.
O Jardim do Passeio Alegre, ladeado por uma Alameda de Palmeiras, alberga uma
série de elementos arquitectónicos de grande valor: um chafariz em granito, a
poente, proveniente do antigo Convento de S. Francisco; dois Obeliscos de
Nasoni, oriundos da Quinta da Prelada; um pequeno “chalet romântico”, construído
em 1874, antes do acabamento do Jardim.
Para além das palmeiras, o plátano é
a espécie mais representada no Jardim, destacando-se ainda as araucárias dos
canteiros periféricos.
Num pequeno lago pode observar-se uma escultura
representando "a Menina e a Foca" e no interior do Jardim encontra-se uma
composição escultórica em homenagem ao escritor e jornalista Raul Brandão. No
coreto realizam-se ainda, pontualmente, concertos filarmónicos.
Um minigolfe
constitui outro polo de atracção do jardim. Por fim, destacam-se também os
sanitários públicos, construídos em 1910, decorados com azulejos Arte Nova e
loiças inglesas.
Texto retirado de: http://cct.portodigital.pt/gen.pl?sid=cct.sections/15151013&fokey=cct.jardins/303