O Jardim de Arca D’Água, na Praça 9 de Abril, foi projectado por Jerónimo
Monteiro da Costa e inaugurado em 1928. Apresentava então um lago e uma
imponente gruta, bem ao gosto romântico da época. Na altura da sua inauguração
plantou-se uma centena de altíssimos plátanos a delimitar as largas alamedas
laterais.
O jardim deve o seu nome aos reservatórios das águas de Paranhos
(Arca D’Água) que foram o sustento de muitas fontes e chafarizes do Porto, até
finais do século XIX.
Antes de este Jardim existir, neste local – o Largo de
Arca de Água – os escritores Ramalho Ortigão e Antero de Quental travaram um
duelo, em 1866. O Largo da Arca de Água era então um largo arborizado que, no
início do século XX, viria a acolher a feira de S. Miguel, transferida da
Rotunda da Boavista.
O Jardim de Arca D’Água é povoado por árvores frondosas, uma gruta artificial e
um lago com alguns animais, delimitado por vedações de madeira. Entre o lago e o
coreto, situado a Sul, num segundo nível mais aplanado, as magnólias e os cedros
são as árvores mais numerosas que, durante o inverno, tingem de verde a Arca de
Água. Destaca-se no Jardim a escultura de Charters de Almeida, inaugurada em
1972 e intitulada "A Família".
Texto retirado de: http://cct.portodigital.pt/gen.pl?sid=cct.sections/15151013&fokey=cct.jardins/305